Osmolaridade e Osmolalidade: qual a diferença?

A semelhança entre as palavras osmolaridade e osmolalidade pode gerar certa confusão no início, pois podem ser facilmente confundidas em meio a um texto, por exemplo. Mas, apesar da semelhança entre elas, possuem diferenças significativas quando postas em ação.

A diferença nas palavras, que é de apenas uma letra, não é nada comparada à diferença que elas possuem de significado. Afinal, essa diferença será crucial para uma execução correta do processo.

Além disso, são processos importantes para a classificação da dieta enteral e parenteral, mostrando a quantidade correta que será administrada diariamente ao paciente.

A seguir, vamos descobrir qual é essa diferença entre osmolaridade e osmolalidade e do que se trata cada uma dessas palavras. Em seguida, confira o papel que elas possuem em relação às dietas.

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O que é osmolaridade e osmolalidade?

Osmolaridade, que também pode ser chamada de concentração osmótica, trata-se de uma medida de concentração de soluto, sendo definida como o número de osmoles de soluto presentes em um litro de solução.

Enquanto isso, a osmolalidade diz respeito à quantidade de partículas de soluto por unidade de massa de solvente. A osmolalidade sérica pode aumentar em casos de diabetes, ingestão de álcool e até mesmo em casos de desidratação.

É possível conseguir os valores em osmolaridade através dos valores que possui da osmolalidade. Para isso, basta realizar a multiplicação da osmolalidade por 0,93. Assim, você terá os valores que busca em mOsm/l.

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Diferenças entre osmolaridade e osmolalidade

Tanto a osmolaridade quanto a osmolalidade são termos que se referem à partículas osmoticamente ativas, possibilitando que seja realizada a comparação entre as fórmulas enterais – que irão oferecer os nutrientes e calorias necessárias que o paciente precisa para se manter devidamente nutrido e saudável.

A diferença entre elas é de que a osmolaridade trata-se de uma medida de concentração de soluto, sendo definida como o número de osmoles de soluto presentes em um litro de solução, enquanto na osmolalidade trata-se da quantidade de partículas de soluto por unidade de massa de solvente.

A expressão utilizada na osmolaridade é a de mOsm/L, representado o litro, e a utilizada na osmolalidade é a de  mOsm/Kg, representando a massa por kg de água.

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Quando falamos de fórmulas que possuem uma osmolalidade alta, é o mesmo que dizer que elas são mais toleradas quando é o caso de utilizar sondas ou ao fazer uma cirurgia para inserir essa sonda e facilitar a alimentação do paciente.

Osmolaridade e osmolalidade em relação às dietas

A osmolaridade e a osmolalidade são importantes ao montar uma dieta enteral e parenteral, afinal, elas irão definir qual será o número de osmoles de soluto presentes em um litro de solução e em um Kg H2O.

A carga osmolar presente em uma fórmula deve estar muito bem adequada, sendo crucial para que o paciente não tenha problemas e possa tolerar uma alimentação enteral. E são vários fatores que definem qual é a quantidade correta.

Em casos onde à nutrição enteral, por exemplo, é importante conhecer a osmolalidade exata que deve conter a fórmula para que seja montada da maneira correta, afinal, ela terá um papel importante quando o assunto é a aceitação fisiológica da dieta.

Qual a osmolaridade da dieta parenteral e enteral?

Em uma dieta enteral, existem mais de uma opção recomendada. Por exemplo, em casos de osmolaridade abaixo de 300 mOsm/L, classificamos como hipotônica.

Quando a osmolaridade está entre 300 a 350 mOsm/L, classificamos como isotônica. E quanto está acima de 350 mOsm/L, a osmolaridade é classificada como hipertônica.

osmolaridade ou osmolalidade

Enquanto isso, na dieta parenteral, a indicação é de que a osmolaridade seja de no máximo 900 mOsm/L se for feita através da via de administração periférica. 

Caso passe desta quantidade, a recomendação é de que seja utilizada a via de administração central, sendo uma forma de prevenção contra o possível surgimento de flebites (uma inflamação na veia superficial que poderá acabar gerando um coágulo) no paciente.

São orientações, de fato, muito importantes para que o paciente receba uma fórmula devidamente preparada e dentro de suas necessidades nutricionais.