Hábitos para evitar a placa bacteriana

A placa bacteriana é uma camada “pegajosa” que surge na boca quando não se faz a higienização bucal corretamente ou por muito tempo. Ela é formada por uma película transparente que se prende nos dentes e é constituída por bactérias e resíduos alimentares. 

São várias as consequências que a placa bacteriana pode causar à saúde bucal, desde problemas mais simples até alguns mais complexos, como:

  • Erosão dental;
  • Cáries;
  • Halitose;
  • Inflamações no tecido gengival;
  • Perda dental.

Isso acontece porque a placa bacteriana, conhecida também como biofilme dental, é uma película que, ao ser formada por microorganismos diversos, libera um ácido que corrói o esmalte dental, principal fator de proteção da arcada. 

Inclusive, esse rompimento na proteção dentária pode causar o tártaro também, que possui uma estrutura dura, de cor amarela ou marrom, que fica no entorno dos dentes (aderindo a ele) e da gengiva, causando irritação e inflamação nos tecidos.

O tártaro pode causar mau hálito, gengivite e periodontite. Esses problemas mais sérios na gengiva podem causar a perda do dente se não for tratada no tempo e forma adequada.

Nesse caso, seja uma perda unitária ou parcial, o dentista deve extrair o dente, limpar o local e fazer um implante dentário, para que não aconteça um novo acúmulo de bactérias e para restabelecer o sorriso.

Além disso, sem o tratamento, as bactérias podem atingir a corrente sanguínea e resultar ainda em outros problemas de saúde não relacionados apenas à saúde bucal, como inflamações cardiovasculares.

Como evitar a placa bacteriana?

Hábitos para evitar a placa bacteriana 1

Além da visita ao consultório odontológico, existem formas caseiras de prevenir as placas bacterianas, que vão desde hábitos alimentares até rotinas de higienização bucal adequadas ou intensificadas. Confira:

  1. Escovar os dentes corretamente

A escovação é o hábito de higienização mais eficiente para retirar resíduos alimentares e eliminar bactérias. Ela deve ser feita no mínimo três vezes ao dia ou ao final de cada escovação, sendo um método de prevenção e de tratamento das placas.

Com uma escova de cerdas macias e com uma pequena quantidade de creme dental – apenas o suficiente para higienização e não prejudicar a estrutura, conforme indicado pelo profissional -, deve-se escovar os dentes fazendo movimentos da gengiva para fora. 

O tempo ideal para fazer esse movimento é de pelo menos cinco segundos para cada dente.

Uma escovação da arcada dentária completa dura cerca de dois minutos, mas não se pode esquecer de, ao final, escovar também a língua com movimentos de vai e vem. 

Essa prática deve ser levada em conta, principalmente para quem utiliza aparelho invisivel, que deixa os resíduos alimentares em maior evidência no sorriso, já que ele não possui coloração. 

  1. Enxaguante bucal

Ao final da escovação, deve-se bochechar 20 ml de enxaguante bucal por alguns segundos. 

Isso irá remover ainda mais impurezas presentes na boca, evitando o mau hálito e inflamações, também atuando em um prazo maior na boca.

Vale destacar nesse ponto que é importante não bochechar água após o uso do enxaguante, de modo a não diminuir a ação dos enxaguantes.

  1. Fio dental

O uso do fio dental é extremamente importante, pois ele é um hábito higiênico bucal que limpa lugares que a escovação não alcança. 

Por isso, com 40 centímetros de fio, usando o dedo polegar e o indicador, deve-se passar o fio entre os dentes com cuidado para não machucar as gengivas e remover os resíduos que possam estar presos aos dentes.

Com a escovação correta, o uso de enxaguante bucal e fio dental, consegue-se não apenas ter uma boca mais saudável, como também é possível preservar procedimentos estéticos, aumentando seu tempo de duração. 

Assim, além de considerar quanto custa um clareamento dental, por exemplo, ao verificar seu benefício e se vale a pena fazê-lo, é importante avaliar com o profissional como contribuir com a manutenção e durabilidade do tratamento, sendo vantajoso ao preservar o seu efeito.

  1. Alimentação

A alimentação também contribui para a formação da placa bacteriana. 

O consumo de açúcar e carboidratos, por exemplo, favorecem a formação e a proliferação das bactérias, além de também atuarem com a produção do ácido na cavidade, prejudicando a estrutura dental.

Também existem os alimentos de alta pigmentação que podem escurecer ou manchar os dentes, devendo ser evitados, como refrigerantes, café, beterraba e vinho. 

Já em casos de alteração na coloração da arcada dentária, seja pela alimentação ou mesmo por conta da ação do tempo – que pode amarelar gradualmente a dentição – é possível recorrer ao clareamento dental

Os alimentos indicados para se prevenir de placa bacteriana são os ricos em vitamina D, fibra e cálcio, pois o esmalte do dente é nutrido e há a limpeza dos dentes com a mastigação sendo estimulada.

  1. Hidratação

Beber água é essencial para o funcionamento do corpo humano. No caso, para a saúde bucal, é essencial para limpar resíduos e bactérias da boca e para estimular a produção de saliva, que realiza a limpeza natural da boca. 

Por esse motivo, principalmente por compor ao menos 60% do corpo humano, os especialistas recomendam que sejam ingeridos dois litros de água por dia. 

Outros procedimentos

Além dos hábitos, é preciso ir ao dentista a cada seis meses para que ele faça a limpeza do tártaro e a injeção do flúor, fortificando o esmalte dos dentes e avaliando a formação de placas.

Em casos de necessidade de algum procedimento, seja ele estético como a lente de contato dental, ou funcional como o aparelho dentário, o dentista irá identificar de forma mais rápida e indicar os tratamentos mais adequados para a necessidade.

Assim, será possível evitar a formação de placa e, caso ela ocorra, tratar de forma ágil, antes que complicações ocorram.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe do blog Qualivida Online, site no qual é possível encontrar diversas informações, com dicas e conteúdos ricos, sobre os cuidados com a saúde física e mental.